terça-feira, 2 de setembro de 2014

Réquiem

Você segue sozinho,
Daqui consigo ouvir seus passos
Mas parecem leves demais
Consigo ouvir suas vozes
Seus pensamentos
Todas as harmonias, seu ritmado descompasso
Centenas de provas de sua presença imaterial.
Espaços afloram entre suas cicatrizes
Não vejo mais que grandes traumas e pequenas preocupações
Você parece translúcido, quase uma hesitação
Eu vi as flores plantadas no jardim
Mas já estavam mortas.
Tudo aqui cheira a insatisfação
Desilusão, ausência, distância.

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