sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Lua que cai com a chuva

Simples surtos de alegria desmedida
Eu não saberia diferenciá-los dos ataques de histeria
Nem dos delírios nervosos que eu tinha quando achava que estava morrendo.
Na verdade eu não estava, só achava que não aguentaria muito tempo o viver só por viver
Não era uma história muito sublime, então eu não contava
Não eram perdizes, mas só ilusões
Não eram crônicas dramáticas, eram só uns hormônios a mais
Hoje não faz mais diferença
Aqueles foram outros dias
Estávamos todos entorpecidos demais por bobagens psicoativas
drogas televisivas, estruturas de corpos em litígio e pensamentos que só corrompiam a si mesmos
Há histórias que apenas merecem serem esquecidas, coisas que nasceram para serem jogadas foras, bordas que não completarão um círculo
Nem todos os amores são para serem vividos
Estamos de costa para esse tipo de abismo no qual muita gente se joga
Eu não saberia medir a perversidade de nos abraçarmos e cairmos juntos
Ou prever o quão estúpidos nos sentiríamos se não o fizéssemos.