Da janela de vidros fechados, um sol embaçado
Suspiros, gemidos e gritos;
A vida rotineira, o sentimento naufragado.
Já não se sente mais a euforia, alegria.
O sorriso há muito se foi
Atos foram perdidos, ninguém se
atreveria...
Realidade esquecida, um outro mundo
sobressai
Esquece-se da própria vida, cria, inventa
e não vive
Refúgio tranquilizante que, como nunca,
atrai
Estudos, pesquisas complexas, anos
guardados
Empoeirados, mofados, escondem o perfume
da vida,
Quando toda a verdade rica está em gestos,
versos delicados
No perfume de uma flor, no formato da lua,
No caminho já traçado de uma gota de
orvalho acariciando uma folha
Ai está a felicidade. Limpa. Sem segredos
ou mistérios, nua e crua.
Felicidade que muitas vezes se perde nos
labirintos do talvez
Mas que só pode ser achada no caminho do
coração.
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