Aura que encobre o medo
Com a luz que vem da escuro
O pouco pode nascer do nada.
Cabeça que deita no ombro
Olhos que pedem carícia
Desejos cobertos de omissão
Música boa que toca ao longe
O chiado do rádio
A vontade, a agitação, o susto com a morte
Tão presente em todos os lugares
Transitoriedade, fragilidade, torpeza. Esquecimento.
O brilho molhado que vai acabando os poucos
O contato espontâneo, imediato. O frio de dentro. O temor,
Às vezes sentir-se quebrado
Deixar os espaços vazios
De onde nascem as ervas daninhas
E as flores fáceis
Entender para não sufocar
Cuidar para não desfazer
Abrir-se para que o tempo devasse
Um dia haverão respostas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário