E nestes tempos de dissimulação progressiva das faces,
nesta dizimação desigual de pares.
E nestes (des)encontros munidos de medos e armas,
máscaras e verdades forjadas,
o que tenho em mãos é o gosto bom
que fica quando encontro seu eu,
com o qual o diálogo não se faz
necessário.
Nesse momento, nada tão melhor e
grandioso.
Não há histórias para contar, não
há personagens que enfeitar.
Nessa sinestesia, me faço
completa e arremedo as suas faltas.
Perpetuamos o que escapará de nós
logo adiante
ou deixamos de eternizar aquilo
que encerra em si mesmo.
Sempre me escapa esse seu toque macio e colorido,
sonoro e forte
com o nascer do sol
e tudo se desfaz como fumaça na madrugada.
Você é uma lembrança vívida que ás vezes eu ponho em
prática.
É uma invenção sem dono, tamanha sua perfeição em
descompassos.
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