domingo, 3 de agosto de 2014

Shift

Estou no escuro mas a luz fria da lua banha meus pés
Ainda não é tempo de ser feliz, isso virá
Por enquanto devo me contentar com os prazeres não imediatos
Com os crimes dos outros
E deixar os sonhos serem corroídos por faíscas de vontade
Então é isso
Ficar aqui e assistir à falta de glória das memórias ausentes?
Acho que não
Eu planejei mais, eu preciso de mais
Uma volta em torno do sol é muito pouco
Não são tantas oportunidades
Não há onde desperdiçar
Não há quasar no qual eu não queira pulsar
Não há feixe de luz no qual eu não queira me incendiar
Não há água na qual eu não queira me afundar
Houveram apenas vislumbres disso
Mas hoje eu ando pela borda
Guardo os desejos incautos na mala
Ligo a minha lanterna para irradiar luz silenciosa
e observo o tremular dos ventos na minha direção.

Comente com o Facebook:

Nenhum comentário:

Postar um comentário