Entrecruza os dedos
por cima da minha barriga
e conta aquela história
que vai me aterrorizar
eu vou
à revelia do seu contento
pois hoje já sou tarde
e minha
agora eu só tiro o pó da nossa manta puída
partes não vividas
sombras, nós somos o semblante
das palavras velhas
espiritualizando os cantos da casa
ainda viva na minha essência
morre aos poucos nos meus olhos
entrementes a distância
entrelinhas a corrente
que nos une em desagrado
abraço
forçado
que vem para arrefecer nosso choque
eu só te quero em paz
mas aporto do outro lado
pois não se pode amar
sem se afogar.
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