A pertença desfaz-se no gozo sórdido do abismo.
E, sendo prazer toda dor,
insistes em querer soltar-me,
mas esquece-se de que, soltando-me,
solta-se também o sol da alvorada.
Desistas de desistir.
Sol-te.
Sol-me.
Clareais o sorriso (branco) de nossas almas
escovadas, engomadas e amaciadas.
Calcemos nossas meias e, sem soltar-nos,
caminhemos.
Colhamos a vida para não dizer que não vivemos.
Permita-me a cura de pertencer, por segundos travestidos de
anos, ao mundo são da fantasia.
Querido, soltar-nos de nós é engano.
Puro, sim, é sol-nos,
colorir-nos em encantos.
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